O que é madeira de lei?

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É uma expressão que nasceu quando nosso país ainda era uma colônia de Portugal. "No início da exploração lusitana, esse termo foi criado para designar as madeiras que só podiam ser derrubadas se a Coroa portuguesa autorizasse - ou seja, o corte dependia da permissão por lei", afirma o biólogo João Batista Baitello, do Instituto Florestal de São Paulo.

Na época, a primeira árvore a ser classificada como madeira de lei foi o pau-brasil, numa tentativa de impedir que ela fosse contrabandeada por navios espanhóis, franceses e ingleses que aportavam na costa do país.

Mais adiante, madeiras como o jatobá e a peroba também foram incluídos nessa categoria. "Depois da independência, as regras da Coroa deixaram de ter validade, mas a expressão continuou a ser usada no dia-a-dia. Hoje, ‘madeira de lei’ indica madeiras duras, resistentes e de alto valor comercial", diz João Batista.

Com essa definição mais ampla, espécies como o ipê, o mogno, o cedro e o jacarandá passaram a integrar esse nobre time.

Um dos segredos da durabilidade dessas árvores é que elas produzem em seu cerne substâncias químicas que protegem o tronco do ataque de fungos e insetos.

Graças a essa proteção, uma espécie nobre pode sobreviver por centenas de anos e servir para diversas aplicações, da construção de casas ao desenvolvimento de instrumentos musicais, passando pela fabricação de móveis super-resistentes. Entretanto, o desmatamento desenfreado fez com que boa parte das madeiras de lei praticamente sumisse das matas do país.

Seu uso também ficou mais restrito - os móveis vendidos hoje como "padrão mogno", por exemplo, são na verdade feitos com madeiras bem menos resistentes, apenas revestidos por uma fina camada da espécie nobre. Atualmente, a exploração é controlada: pela lei de crimes ambientais, o corte de madeira de lei sem a autorização do governo pode dar até dois anos de cadeia. O difícil é fazer cumprir a regra. Não é novidade que as madeiras nobres continuam rareando por conta da derrubada ilegal.

JATOBÁ

Uma das características mais apreciadas dessa espécie é a resistência ao entalhe — o artesão pode esculpir e trabalhar toda a madeira sem risco de o tronco se rachar ou lascar. Por isso, o jatobá foi muito utilizado para a fabricação de móveis. Hoje, a Amazônia e as unidades de conservação na mata atlântica guardam os últimos remanescentes da espécie

PAU-BRASIL

A primeira madeira de lei foi praticamente eliminada das matas na exploração colonial. O pau-brasil é muito bom para a construção de violinos, mas os portugueses estavam mais interessados em extrair dele a brasilina, um corante vermelho natural. Hoje, algumas ações de replantio em Pernambuco e no Rio de Janeiro ensaiam um lento renascimento da espécie. O esforço só deve frutificar daqui a algumas décadas, porque uma árvore demora até 30 anos para se tornar adulta

IMBUIA

Originária das florestas subtropicais do Paraná e de São Paulo, essa madeira tem cor escura por causa da ação de substâncias químicas que protegem o cerne do tronco contra infestações de insetos e fungos. Muito usada no passado para a fabricação de móveis finos, a imbuia também começou a rarear na matas com o aumento da exploração, sobretudo no século 20

JACARANDÁ

Atualmente, essa espécie típica das matas da costa nordestina tornou-se tão rara que chega a ser comercializada a preço de ouro — pedaços pequenos da madeira são usados até como adorno de jóias. Antes da ameaça de extinção, o jacarandá foi muito procurado para a construção de móveis de luxo, peças decorativas e instrumentos musicais

PEROBA

Quase tão dizimada quanto o pau-brasil, essa espécie pesada e resistente foi amplamente usada para construção de telhados, assoalhos, móveis e até carrocerias de caminhão. A espécie ainda é encontrada em florestas do interior de São Paulo e de Minas Gerais. Mas, como a maioria das árvores é jovem, os troncos são pequenos demais para serem utilizados pela indústria

CEDRO

Utilizado na fabricação de móveis e instrumentos musicais, o cedro é uma madeira nobre rara por natureza. Nas florestas, uma árvore cresce muito afastada da outra — os cientistas suspeitam que as sementes de cedro não germinam se as outras plantas não deixarem. Hoje, é difícil encontrar mudas até para a pesquisa científica. Para piorar, os brotos cultivados sofrem com uma borboleta que impede o crescimento da planta e pode até matá-la

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